Helena Blavatsky, criança mística e precoce
Helena Blavatsky nasceu no Império Russo em 1831 e é uma figura importante do esoterismo. A sua infância foi marcada por fenómenos paranormais e uma grande atração pelo mundo invisível. Ainda muito jovem, já manifestava capacidades psíquicas, fazia experiências de transe místico, de premonições e até levitações segundo alguns testemunhos. Helena queria assim comunicar, ver e ouvir um mundo invisível que acontecia à sua volta. Um mundo de espíritos e de seres subtis. Depois da morte da mãe, foi criada pelos seus avós, tendo descoberto nas estantes destes textos sobre a maçonaria e as ciências ocultas. Ensinaram-lhe a ler e escrever o russo, o alemão, o inglês e o francês. Graças à sua avó, desenvolveu um sentido crítico e espírito científico apurado 🔭 que a acompanhou durante toda a sua vida.
A aventureira: uma procura espiritual à volta do mundo
Depois de fugir de um casamento combinado aos 17 anos, Blavatsky partiu numa longa viagem à procura de tradições místicas e de conhecimentos antigos. O objetivo desta viagem era procurar e encontrar as tradições místicas e os conhecimentos antigos que ainda persistiam nalgumas civilizações do mundo.
Graças à sua insaciável curiosidade e apoiada financeiramente pelo pai, explorou a Índia, o Nepal, o Tibete, a Mongólia, o Japão, o Médio-Oriente, a Síria, o Egito, etc. 🗺️ e assim mergulhou nos rituais ocultos e iniciou-se a várias formas de espiritualidade. O seu objetivo era ainda o mesmo: entrar em contacto com diferentes tribus detentoras de um conhecimento antigo, como por exemplo os xamãs, para encontrar as tradições perdidas.
A teosofia: um ponto entre o Oriente e o Ocidente
No final da sua viagem, Blavatsky concluiu que o Ocidente tinha perdido uma parte significativa da sua herança espiritual, ao contrário do Oriente. Com base nesta constatação, ela lançou as bases do seu futuro sistema místico-religioso: a Teosofia. Para colmatar as lacunas do Ocidente, Helena Blavatsky criou o sincretismo e lançou as bases da Teosofia. Esta doutrina mística procurava juntar as tradições espirituais orientais e ocidentais para revelar as verdades universais.
Em 1873, viajou para os Estados Unidos para apresentar a sua nova doutrina e conhecer melhor o espiritismo, que se desenvolvia na altura, na sequência do que escrevera Allan Kardec. Helena queria provar a realidade do fenómeno e a extensão das suas capacidades psíquicas. Também pretendia mostrar que o espiritismo existia há muito tempo.
Em 1875, juntamente com Henry Steel Olcott e William Quan Judge, co-fundou a Sociedade Teosófica nos Estados Unidos. O seu lema, "Não há religião superior à verdade", resume perfeitamente a sua missão: promover uma abordagem crítica das religiões e do materialismo científico e incentivar o estudo das antigas doutrinas esotéricas: as tradições primordiais.
➡️ A Teosofia baseia-se em 3 fundamentos:
- formar um núcleo de fraternidade universal da humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor
- incentivar o estudo comparativo das religiões, filosofias e ciências
- estudar as leis inexplicáveis da natureza e os poderes do homem.
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A obra marcante de Blavatsky
📖 Blavatsky deixou para trás duas grandes obras: Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta. O objetivo destes dois textos não era apenas apresentar a doutrina e a ideologia do pensamento da Sociedade Teosófica, mas também relatar a sua procura de iniciação através de várias sociedades esotéricas e xamânicas de todo o mundo. Em busca de antigos rituais e sabedoria, da substância original comum a todas as civilizações: a famosa tradição primordial.
Nos seus textos, combatia a ortodoxia religiosa, apontando as suas falhas e incoerências. Propunha também uma nova versão da história da humanidade, criticando a investigação científica do seu tempo. Hélène Blavatsky afirmava que não tinha escrito estes textos diretamente, mas que foram inspirados por mestres invisíveis: os maitreia ou guias espirituais.
Em A Doutrina Secreta, propôs uma nova cosmogonia. Argumentava que o conhecimento científico do seu tempo era muito inferior ao dos antigos e afirmava também que tinham existido outras humanidades antes da nossa, nomeadamente a da Atlântida. Um elemento não muito diferente das previsões de Edgar Cayce.
Um legado controverso mas duradouro
Helena Blavatsky, falecida em 1891, deixou um legado polémico. De facto, durante a sua vida, foi autora de inúmeras experiências e milagres: materialização de objetos, contactos com seres invisíveis, clarividência, previsões, etc. Afirmava também receber mensagens de seres ascendidos. Mensagens que chegavam sob a forma de cartas misteriosas.
Foi por isso que esta foi investigada pela Sociedade para os Fenómenos Parapsicológicos, cuja conclusão foi que tudo não passava de uma farsa 🫣 ! De facto, as cartas tinham sido colocadas pelos colaboradores de Blavatsky nas pequenas aberturas do chão.
Apesar disso, a sua influência no movimento New Age e na espiritualidade contemporânea é inegável. A sua visão da espiritualidade abriu caminho para uma compreensão mais integradora da realidade, tendo em conta tanto a dimensão visível como a invisível. Ela deu um contributo importante para a definição moderna de "espiritualidade". O seu trabalho continua a inspirar aqueles que procuram alinhar-se com o Universo e viver uma vida mais consciente e serena. Apesar das controvérsias, continua a ser uma figura importante do esoterismo e uma verdadeira pioneira das novas espiritualidades.
Conselho da redação: procura de maior espiritualidade
A vida de Helena Blavatsky recorda-nos que a procura da espiritualidade é uma viagem sem fim, mas esta pode-nos ajudar a viver uma vida melhor, com uma maior abertura de espírito. Nem sempre é fácil viver o dia-a-dia, por isso, se sentir necessidade, contacte um/a dos/as nossos/as especialistas que o/a ajudará.
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