A árvore da vida: as origens da Cabala
A Cabala, cujas raízes se encontram na antiguidade, é muito mais do que uma moda passageira dos famosos. Esta tradição mística judaica, que se desenvolveu na Idade Média, era outrora apanágio dos eruditos e dos sábios. Concentrava-se na compreensão dos mistérios divinos, na natureza do universo e no lugar do Homem na criação.
A Cabala foi evoluindo ao longo dos séculos, chegando a influenciar diferentes correntes de pensamento e da espiritualidade. Primeiro, foi transmitida oralmente, depois foi codificada em textos como o Zohar, que desempenhou um papel central na difusão da Cabala além dos círculos restritos dos iniciados.
A Cabala era originalmente a "lei oral e secreta" oferecida por Deus a Moisés no Monte Sinai, ao mesmo tempo que a lei escrita (a Torá). O objetivo desta tradição ancestral, transmitida oralmente durante séculos, é orientar o indivíduo para o autoconhecimento, ajudá-lo a descobrir a sua origem celestial e a tomar consciência dos seus poderes e capacidades. De facto, se o homem foi criado à imagem de Deus, então ele é um resumo da criação. Ele tem dentro de si toda a memória do mundo, os "arquivos do Universo".
É o conhecimento desta ordem invisível que permite aumentar o seu nível de consciência e iluminar o seu coração e o espírito para melhor viver no dia-a-dia. O ensino da sabedoria antiga da Cabala assenta no Zohar ou Livro do Esplendor, redigido no século 13, em torno da Árvore da Vida.
📍 Para compreender melhor: O Zohar é uma obra essencial na Cabala, do século 13, que desenvolve as interpretações místicas da Torá. O Infinito manifestou-se através dos dez atributos “Sefirot”, tendo criado ao mesmo tempo o cosmos e a realidade espiritual. A Árvore da Vida é uma representação esquemática destes Sefirot, dispostos em três colunas, que simbolizam o processo através do qual o Universo existe e através do qual o indivíduo pode regressar à fonte divina.
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