Depois de tantas previsões terem falhado, oficial e aparentemente, será que falharam mesmo ou somos nós que ainda não nos demos conta das mudanças? Talvez por terem acontecido gradualmente e não como o cataclismo terrível de que nos falaram.
Vejamos o do “fim do mundo” por exemplo. Os nossos bisavôs dificilmente reconheceriam o que se vende por aí como comida, os recentes cuidados médicos, far-lhes-ia também muita confusão o uso dos computadores na nossa vida diária, como viajamos, como ouvimos música ou como trocamos informação.
Se calhar o mundo já acabou várias vezes e disso nem nos demos conta.
As profecias feitas no seculo XVI pelo boticário Nostradamus fascinam-me desde a minha adolescência.
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Estava eu já no liceu, quando encontrei o seu famoso livro à venda na montra de uma livraria, no centro histórico da cidade onde estudava. A rua era antiga. Tortuosa e escura. Para entrar na livraria tive de descer um degrau, pois a poeira do tempo depositando-se, tinha elevado o nível da rua em relação ao piso das casas. A sala da livraria era ainda menos iluminada que a rua. Tinha apenas uma lâmpada incandescente nua, pendente do teto. Devia ter de estar permanentemente acesa. Um homem alto levantou-se da secretária lá ao fundo e veio atender-me. O balcão estava gasto. Era de madeira polida. Polida pela cera e pelo tempo.
Disse-lhe que queria o livro que vira na montra.
Ele admirou-se mas foi buscá-lo. Entregou-mo. Folheei-o. Quando decidi comprá-lo ele fez-me uma prédica sobre a minha responsabilidade ao ter a sorte de possuir tal livro sendo eu tão jovem. Que aquilo era um livro para nos acompanhar por toda a vida. E para deixar, anotado, aos nossos descendentes.
Ainda o tenho. Mas estudá-lo sozinha não é ajuizado. Ao longo dos anos comparei o que fui descobrindo por mim com as opiniões de muitos outros interessados.
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É disso que hoje vamos falar. Mais precisamente o que cremos que ele escreveu para o ano de 2015:
1- Uma única língua em todo o nosso planeta
Será, mais que a língua propriamente dita, a linguagem que se tornou comum?
O Mercúrio da comunicação simbolizado aqui pelo uso da internet, dos computadores e afins que fazem circular a informação entre todos nós.
2- Os mortos ressuscitarão
Esta é mesmo intrigante! Parece que já não haveria mais lugar nos infernos e portanto os mortos sairiam das suas tumbas… sendo até coincidente com o que está escrito no Livro do Apocalipse. Uhm… logo vemos o que sairá daqui… discutiremos este assunto dentro de 12 meses. Combinado?
3- A economia mundial será destruída
Diz Nostradamus que os ricos morrerão muitas vezes. Será esta morte repetida, o sofrimento pela perda dos bens terrenos?
Na verdade já começamos a assistir à influência de plutão nos graus médios de Capricórnio. E com ela à depuração das estruturas de poder que estiverem corruptas. Ou obsoletas. Esta influência só deve terminar depois de 2018.
Vamos ver o que a vida nos oferece.
4- Uma terrível erupção do Vesúvio
Seria só em finais de 2015, inícios de 2016. As cinzas criariam obscuridade total durante o dia.
Falamos disto outra vez dentro de 18 meses. Ok?
5- As pessoas vivem 200 anos
Devido aos avanços da medicina, alimentação, higiene e estilo de vida mais saudável, a esperança média da vida aumentaria bastante. Ele afirmou que alguém de 80 anos agora aparentaria ter os 50 dos tempos em que ele viveu.
6- A radiação queimará o nosso mundo
Há quem pretenda que esta radiação seria devida ao discutido buraco da camada de ozono. Eu estou em crer que seja mais devida aos wifi e demais formas de poluição eletromagnética. Tão perniciosa e tão pouco considerada até agora.
7- As pessoas falarão com os animais
Os avanços da telepatia e da consciência do respeito pelos animais tornarão estes apenas em nossos companheiros. Acabando os tempos em que eram vítimas ou meras máquinas escravizados pelos humanos. Na verdade já temos o PAN – Partido dos Animais e novas leis que os protegem.
Nas palavras de Nostradamus o porco converter-se-á num irmão para o homem. Talvez pelo avanço dos vegetarianos e do veganismo?
8- Terramoto ou vulcão no oeste dos EUA
Seria algo que começaria com um tremor de terra e acabaria com o surgimento de um novo vulcão.
Logo veremos o que o futuro nos traz…
9- A abolição de todos os impostos
As pessoas recusam-se a pagar impostos ao rei e o período até este ano será visto como uma época de grande escravidão.
Estou muito curiosa… Voltamos a falar disto em 2016.
Não me agrada nada falar sobre desgraças. Mas a História e o estudo da obra deste homem referem-se acima de tudo a acontecimentos nefastos. Talvez a grande inovação seja passarmos a referir-nos historicamente a acontecimentos felizes.
Mas continuemos o nosso estudo.
No passado Nostradamus acertou, por exemplo, na vitória dos cristãos, organizados na Liga Santa pelo Vaticano e sob o comando do Habsburgo João da Áustria, na batalha de Lepanto em 1571. Os derrotados foram os sultões otomanos (o crescente) quando escreveu “das espanhas chegará um rei muy poderoso, tanto por mar como por terra que subjugará o nosso midi, e derrotará os do crescente.”
Temos outra referência correta ao grande incêndio de Londres a 2 de setembro de 1666. Nele, um fogo que se declarou numa pequena padaria alastrou e em 3 dias destruiu a cidade. Refere nos mesmos versos a perseguição aos sacerdotes católicos feita pelos protestantes.
Terá escrito algo assim como “o sangue do justo reclamar-se-á em Londres, queimada pelo fogo no ano de 66; a Dama Antiga cairá e muitos da mesma seita serão assassinados”.
Referiu também a Revolução Francesa nestes termos “da populaça escravizada virão canções, cantos e exigências; enquanto os príncipes e senhores serão mantidos nas masmorras das cadeias”.
Também a independência dos Estados Unidos da América não lhe escapou. A balança referida deve ser o equilíbrio de poder que passou do UK para os EUA. E, como Nostradamus vivia em França, era lá o centro do seu mundo.
Quando diz “a irmã das ilhas britânicas“ seriam os EUA que se tornaram numa república independente em 1776. Ou seja 15 anos antes de que a França declarasse a nova república em 1791.
Vejamos o que ele escreveu:
“A irmã das ilhas britânicas, quinze anos antes do seu irmão nascerá, por promessa que demonstra ser certa, sucederá ao reino da balança”.
Vamos agora dar atenção a Napoleão Bonaparte. Afirmando “um imperador nascerá perto de Itália, o qual custará um alto preço ao império, dirão aqueles que a ele se juntam, pois é mais carniceiro que um príncipe”.
Aqui vemos nós referidos, em carniceiro, os grandes custos em sacrifícios humanos, (mortos, feridos e terrível sofrimento) que exigiram as batalhas e destruições para obter as suas conquistas. Em territórios e poder.
E na verdade a Córsega onde nasceu é uma ilha perto da península italiana.
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O carniceiro seguinte, que também custou tanto sofrimento além de mortes e destruição, é Adolfo Hitler.
“Do mais profundo do leste da Europa, de gente pobre um rapaz nascerá, o qual pela sua língua seduzirá as massas, a sua fama no reino do oriente mais crescerá”.
Chamo a sua atenção para a capacidade referida de lavagem ao cérebro das massas, que os seus grandes comícios e a rádio conseguiam. Apesar dos métodos serem ainda rudimentares, comparando com os dias de hoje.
Também o anagrama “Hister” foi incluído no que escreveu.
Continuando no capítulo dos carniceiros, geradores de grandes sacrifícios humanos, vamos agora ao caudillo galego, General Franco e à guerra civil espanhola que precedeu a II Guerra Mundial.
Encontramos na quadra 41 da centúria IX as seguintes palavras “de castelo Franco sairá a assembleia, o embaixador não grato será a cisma, os da ribeira estarão na peleja e no grande abismo negarão a entrada”.
Aqui o grande abismo é, muito provavelmente o desastre da II Guerra Mundial, na qual se negou a entrar. Há que assinalar que só resistiu a Hitler após consulta ao nosso Presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar. Vem a propósito mencionar o maior respeito e consideração que professava Franco pela sabedoria e prudência de Salazar.
O castelo referido será talvez o dominante reino de Castela.
Vejamos as bombas atómicas de Nagasaki e Hiroxima. Encontramos na centúria II a quadra 6 dizendo “perto das portas e dentro de duas cidades, haverá açoites com nunca se viu nada igual, fome, dentro da peste pelo ferro arrojado. Só resta pedir socorro ao grande Deus imortal”.
Novamente refere os sacrifícios humanos nos milhares de mortos e demais vítimas pelas bombas.
Vamos agora para os EUA e para o assassinato dos irmãos Kennedy.
Teria havido um aviso profético dado por Jean Dixon aos dois irmãos. Tendo Robert sido assassinado à uma da manhã. Antes, em 1963, John tinha sido morto durante o dia.
Vamos então à quadra 26, da centúria I, em que Nostradamus escreveu “o grande raio cai de dia, predito por portador; o seguinte presságio cai de noite, conflito em Reims, Londres e etrusca babilónia”.
Terminemos os nefastos acontecimentos preditos com o recente desastre das Torres Gémeas de Nova Iorque, a 11 de setembro de 2001. (11+9+2+1= 14 ou seja a carta do Julgamento no tarot de Marselha…)
Desta vez encontramos na VI centúria a quadra 47 que diz “a cinco e quarenta graus o céu arderá, fogo aproximando-se da nova cidade: num instante a grande chama saltará e se espalhará”.
NY seria a cidade nova. E os 45 graus seria a inclinação a que teríamos de olhar para ver o incêndio.
E basta de previsões por agora.
Acima de tudo na vida há que escutar o nosso Eu Superior e a nossa intuição; usando o nosso livre arbítrio; depois de nos termos informado do mapa do caminho a percorrer.
Maria
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