Foi o I Ching que despoletou a paixão de Mar pelo Tarot e pelo mundo esotérico. Foi este oráculo que lhe abriu as portas e lhe mostrou a sua vocação!
Através desta entrevista, Mar, explicar-lhe-á que tipo de oráculo utiliza, como decorre uma consulta, o que representa para ela o Tarot...
Como começou a sua paixão pelo Tarot?
O meu interesse pelo Tarot começou na realidade por uma paixão pelo I Ching aos 18 anos que me levou ao Tarot alguns anos mais tarde. O Tarot possui uma linguagem mais fácil de entender pelas consulentes do que o I Ching, que é bastante mais complexo.
Qual é o tipo de baralho que prefere? Porquê?
O Tarot Rider Waite é o baralho que prefiro para, por exemplo, dar cursos; pois as imagens falam, praticamente, por si. Nas minhas consultas uso os três baralhos diferentes, o Connolly para perguntas rápidas e aprofundamento de questões, o Rider Waite para consultas gerais através da mandala astrológica e o Zen Tarot para orientação e aconselhamento. Gosto igualmente dos três.
O que representa para si, o Tarot?
O uso do Tarot permite-me olhar como se espreitasse por um buraco da fechadura um possível futuro. Ajuda-me a conectar com o/a consulente de uma forma, que sem o Tarot seria impossível. Como se por um momento a minha própria história pessoal deixasse de existir e estivesse ali apenas como um canal de orientação para as pessoas.
O significado das Cartas no Tarot de Marselha
Para além do Tarot, que tipo de oráculos prefere e/ou utiliza nas suas consultas?
O meu melhor amigo é o I Ching, para fazer consultas para mim e é, o que normalmente uso e ocasionalmente para pessoas chegadas.
Consultas de Tarot por Telefone
Como decorre, normalmente, uma consulta consigo?
De uma forma geral gosto de saber o primeiro nome das pessoas, a sua data de nascimento e o lugar do mundo de onde me estão a ligar. Depois imediatamente pergunto o que desejam saber. Tento ser o mais direta e verdadeira possível. Não tenho certezas nem as dou. Acredito em múltiplos possíveis futuros e o Tarot mostra apenas o futuro mais provável de acordo com as suas próprias limitações.
Qual foi o momento/história que mais a marcou?
Certa ocasião uma consulente chegou até mim com um problema que ela considerava impossível de resolver. No passado pintava maravilhosamente Mandalas Angélicas para as pessoas mas há alguns anos que não conseguia pintar absolutamente nada. Coloquei uma folha em branco e lápis coloridos á frente dela. Disse-lhe para pintar uma Mandala Angélica para mim e ela assim o fez. O bloqueio passou de vez.
Podia ter contado outras histórias mais ligadas a todas as vezes que acertei nalguma coisa. Mas aquilo que me trás mais satisfação nesta profissão não é acertar. Acertar é fácil. Aquilo que me satisfaz é quando a consulente começa a consulta a chorar e sai a sorrir e em paz. Considero minha responsabilidade como Taróloga devolver as pessoas a elas mesmas, mostrar-lhes a sua força e luz. Nunca torná-las dependentes.
Três palavras que a definem como Taróloga?
Empatia, orientação, verdade.
O cliente pode esperar de si…
Empatia, orientação e verdade.
O que representa para si, a Wengo?
A Wengo é uma forma de cumprir a minha missão. Ao início estava céptica, não sabia se seria possível fazer um bom trabalho sem ter a consulente ao lado, mas hoje acredito que é praticamente a mesma coisa com a diferença de por vezes sentir uma certa pena por não poder despedir-me com um abraço. Algumas pessoas precisam muito de abraços e eu também.