Os princípios da astrologia Maia
O princípio da astrologia Maia baseia-se no facto de que a cada dia estão associados um número e um signo Tzolkin, bem como um número e um mês Haab.
- O Tzolkin é um calendário sagrado baseado num ciclo de 260 dias, associando os números de 1 a 13 a uma sequência de 20 signos chamados glifos, que se entrelaçam para formar ciclos de 13 dias combinados com um ciclo de 20 dias.
- O Haab, por sua vez, baseia-se num ciclo solar de 365 dias, semelhante ao nosso calendário gregoriano, mas diferindo deste por uma divisão de 18 meses de 20 dias e um mês de 5 dias.
- Os números e glifos do Tzolkin e os meses do Haab repetem-se na mesma posição apenas a cada 52 anos, sendo a sua associação utilizada para definir as influências do cosmos dia após dia.
- Os glifos correspondem à representação de deuses cósmicos cujo poder, no período a eles associado, determina essas influências.
Ao contrário da nossa astrologia do zodíaco, para os Maias estas influências são comuns a todos os seres humanos, e as tendências definidas para cada dia são as mesmas para todos.
Considerando uma certa harmonia entre a Terra e o cosmos, cujos ciclos estão sincronizados com os nossos ritmos biológicos, o sistema de calendário Maia visa um equilíbrio entre o céu, a Terra e o ser humano, equilíbrio este ausente no nosso calendário gregoriano linear (instituído pelo Papa Gregório XIII em 1592). O calendário Maia, por outro lado, forma-se como uma espécie de espiral, acumulando círculos concêntricos e induzindo uma evolução constante.
Demonstrando a importância do cosmos e do movimento dos astros, estes múltiplos ciclos na base do calendário Maia refletem-se até na arquitetura Maia, com a construção de imponentes templos e pirâmides erguidos segundo cálculos astronómicos complexos.
📍 A astrologia Maia é, assim, uma combinação complexa de matemática, espiritualidade e observação do céu. Oferece uma perspetiva diferente do tempo e do nosso lugar no Universo, uma visão que valoriza a interconexão e o ciclo, em vez da separação e da linha reta. Convida cada um a ver-se não como um ser separado, mas como parte de um todo maior, como fios no tecido vibrante do cosmos.
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